Tinto Argentino, com Estilo Francês: Las Perdices Syrah Viognier 2013

Estimados amigos, como eu sempre digo, um enófilo que se preze (ainda mais blogueiro) deve sempre experimentar coisas novas. Confesso que quando estive na loja de vinhos e me deparei com este rótulo, achei o assemblage das castas um tanto inusitado. Contudo, pesquisei sobre o tema e aprendi na formação do WSET a respeito deste tradicionalíssimo corte do sul da França, muito comum na região de Cotes du Rhone.

Este corte amigos tem um nome bastante especial: Côte-Rôtie. Uma AOC (Appellation d’origine contrôlée) francesa da região de Cotes du Rhone, em que o vinho tinto, a base de Syrah, é cortado com uma casta branca, a Viognier (em proporção usualmente até 20%). Via de regra, as uvas são fermentadas juntas e a tendência é a obtenção de um vinho de muita complexidade.

O exemplar em questão é um tinto argentino elaborado segundo este preceito. Continuar Lendo

Belo exemplar da Romênia: Nomad Pinot Grigio 2012

Amigos, creio que não são muitas as castas brancas que conseguem gerar vinhos capazes de aplacar tão bem o calor do verão brasileiro como a Pinot Grigio – também conhecida como Pinot Gris – uva largamente cultivada no norte da Itália e que costuma gerar vinhos frescos, com boa acidez e, principalmente, leves e refrescantes.

Pensando nisso, não tive dúvidas ao escolher este exemplar na seleção do Clube Winelands do qual sou sócio – haja vista que não escondo especial admiração pelos vinhos elaborados com esta cepa. O exemplar é proveniente da Romênia, elaborado pelo produtor Aurelia Visinescu. Continuar Lendo

Tinto no verão pode? Claro! Casas del Toqui Reserva Pinot Noir 2015

Amigos, não são poucas as vezes em que as pessoas me indagam se “é possível” bebermos vinhos tintos mesmo no calor do verão. Nós gaúchos, de fato, somos mal acostumados: temos as quatro estações do ano relativamente bem definidas e acabamos assim criando uma espécie de padrão de consumo: tintos no inverno, brancos e espumantes no verão. Mas nada melhor do que quebrar paradigmas. Um belo tinto, leve – como um Pinot Noir – ligeiramente mais resfriado, pode ser uma ótima pedida com um prato mais light em uma noite de verão não tão quente.

“E como resfriamos o vinho?”, muitos me questionam. Simples: 50 a 60 minutos na geladeira costumam ser suficientes. A partir daí, amigo leitor, é com você: se achar que o vinho está ainda um pouco quente, basta tampar e deixar ele na geladeira um pouco mais. Se por acaso ele esfriar muito (pouco provável), mais fácil ainda: deixe-o que a temperatura ambiente faça o trabalho. Lhes garanto: funciona perfeitamente – palavra de quem faz isso a uns 7 anos (risos).

Pois bem, o exemplar de hoje é elaborado pela competente vinícola chilena Casas del Toqui. O vinho foi elaborado com uvas do Vale do Cachapoal, conforme versa claramente o rótulo (com direito à Denominação de Origem – DO). Continuar Lendo

Ótimo Vinho com Ótimo Preço: Larentis Bag In Box Chardonnay

Estimados amigos, lhes digo: se tem algo que aprendi nestes quase sete anos que redijo este blog é que ninguém procura vinho bom e caro. Até porque, convenhamos, isso seria moleza (apesar dos valores dos vinhos no Brasil estarem cada vez mais inacessíveis). O que todos procuram – inclusive este que vos fala – são vinhos bons e baratos, no sentido reto e direto da palavra. Conciliar as duas coisas é tarefa árdua – mas amigo leitor, para começar o ano com o pé-direito, temos hoje uma ótima sugestão.

Não escondo minha admiração pelo trabalho da Vinícola Larentis – pequeno produtor sediado no Vale dos Vinhedos, que elabora vinhos muito honestos, bem feitos e cativantes. Sempre que vou à serra procuro dar uma passada na vinícola (que por sinal, tem um dos parreirais mais lindos que já vi) e lá sou sempre muito bem recebido – nem sei se desconfiam que sou eu que escrevo este blog – melhor assim (risos).

E amigos, é quase impossível falar da Larentis sem falar de um fator em especial: seus excelentes Bag In Box. Continuar Lendo